Digão relembra 2012: 'Vou levar no coração e na memória'
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Neste domingo (31), a torcida tricolor vai ter a oportunidade de reviver um dos dias mais emblemáticos da sua história: a vitória por 3 a 2 sobre o Palmeiras que garantiu o título brasileiro de 2012 em 11 de novembro daquele ano. E não são só os torcedores que estão ansiosos por este momento. O zagueiro Digão, um dos dois remanescentes do título ao lado de Igor Julião, reforça o coro de quem não vê a hora de relembrar este jogo.
– Domingo é dia de reunir a família na frente da TV, fazer uma pipoca e assistir o nosso Fluzão campeão. Vai ser gostoso demais relembrar aquele momento único. Vai ser muito emocionante relembrar esse jogo. Convido todos os tricolores para assistir o nosso Fluzão campeão no domingo – disse o camisa 26.
A partida, que vai ser reexibida na íntegra pela Rede Globo, às 16h (de Brasília) deste domingo, conta com uma venda simbólica de ingressos (R$ 4 no primeiro ingresso para sócios – R$ 9 a partir do segundo, que farão check-in normalmente pelo Portal do Sócio – e para não-sócios, no Futebolcard, por R$ 9), em que toda a verba arrecadada será revertida para pagamento de funcionários e adequação aos protocolos da Covid-19.
Participação importante, gols e susto pós-título
Com 24 anos na época, Digão subiu aos profissionais do Fluminense em 2008 e fez sua estreia no ano seguinte. Participou da arrancada para fugir do rebaixamento em 2009 e havia sido campeão brasileiro em 2010. Apesar disso, em 2012, o zagueiro foi peça importante do time do técnico Abel Braga, com 17 jogos e dois gols marcados (nos empates por 2 a 2 contra Figueirense e Grêmio), o que tornou esta conquista ainda mais especial.
– O título de 2012 foi muito importante. Ter participado da arrancada de 2009 foi muito legal, mas o que marca a carreira de um atleta são títulos. Fiquei muito feliz de ter conquistado dois Brasileiros com o Fluminense. E 2012, especificamente, foi muito bacana. É uma conquista que vou levar no coração e na memória para o resto da minha vida.
E para a partida contra o Palmeiras, o Fluminense teve uma semana inteira livre para se preparar. O noticiário tricolor era todo sobre a chance de o Time de Guerreiros conquistar já neste jogo o tetracampeonato. O grupo viajou para Presidente Prudente e Digão lembra que a equipe estava muito confiante.
– Lembro como se fosse hoje aquele jogo lá em Presidente Prudente. Tínhamos confiança total. Não só naquele jogo, mas em todos os jogos naquele campeonato entrávamos em campo com sede de ganhar, independente quem entrava para jogar. Quem entrava estava sempre na mesma sintonia de quem saía. Isso fez o Fluminense forte, campeão. Até mesmo quando a gente jogava mal, o Diego Cavalieri pegava tudo lá atrás e o Fred lá na frente fazendo gols. Estava todo mundo na ponta dos cascos, querendo a mesma coisa.
Após a vitória por 3 a 2, com dois gols do artilheiro Fred e um contra de Maurício Ramos, a comemoração começou ainda dentro do campo. Mas era no Rio de Janeiro que a grande festa esperava os jogadores. Torcedores se reuniram no aeroporto do Galeão e em Laranjeiras para receber os campeões. Porém, um susto com o avião que trazia a delegação de volta para a Cidade Maravilhosa ficou marcado na memória de Digão.
– O curioso desse jogo decisivo não foi nem a semana, mas o pós-jogo, a volta para o Rio de Janeiro. O avião teve um problema, quase “deu ruim” para todo mundo. Mas conseguimos pousar bem e a torcida nos recebeu de braços abertos no Galeão. Saímos em trio elétrico para Laranjeiras, aquilo ali é um momento inesquecível, que fica marcado e sempre esperando repetir isso. É gostoso ganhar títulos e o Fluminense é um clube que não pode ficar muito tempo sem ganhar. Esperamos no futuro repetir isso para deixar a torcida feliz e guardar mais momentos inesquecíveis.
Depois de conquistar o Carioca e o Brasileiro em 2012, Digão jogou no Fluminense por mais uma temporada, antes partir para o Al-Hilal, da Arábia Saudita. O zagueiro ainda passou pelo Al Sharjah-EAU e Cruzeiro, antes de retornar ao Time de Guerreiros em 2018. Vestindo a camisa do Fluzão, o zagueiro tem 169 jogos e nove gols marcados.
Texto: Comunicação/FFC
Fotos: Nelson Perez/FFC
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